índice
O controle da mosca-do-estábulo (Stomoxys calcitrans) é uma batalha rotineira em locais de confinamento de gado e unidades produtivas do setor sucroalcooleiro.
Nessas áreas do agronegócio, em especial, os impactos causados pela presença deste parasita hematófogo (que se alimenta de sangue) vão desde danos à saúde de rebanhos, o comprometimento da qualidade dos produtos até grandes prejuízos econômicos.
A mosca-do-estábulo é uma praga que preocupa e consome o tempo de pecuaristas, produtores de cana-de-açúcar, veterinários, agrônomos e outros profissionais atuantes nesses segmentos da enorme cadeia do agro brasileiro.
Hoje, porém, já existem soluções de controle de pragas como a mosca-do-estábulo que são eficazes na erradicação de infestações e, ao mesmo tempo, ecologicamente amigáveis, pois asseguram o bem-estar animal e a sanidade ambiental.
Mosca do Estábulo, Também Conhecida como Mosca da Vinhaça
A mosca-do-estábulo (Stomoxys calcitrans) é um conhecido inimigo em fazendas de rebanho bovino e regiões de colheita e beneficiamento da cana-de-açúcar.
Tido como uma praga rural, esse inseto também é conhecido como mosca-da-vinhaça, mosca-do-bagaço, mosca-do-gado e outras denominações populares que variam conforme a região do país.
No Brasil, os casos de infestação e surtos da mosca-do-estábulo ocorrem principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Mosca do Estábulo X Mosca Doméstica
Num olhar rápido, o Stomoxys calcitrans é um inseto que se assemelha à mosca comum (Musca domestica).
Mas as duas espécies possuem diferenças comportamentais e morfológicas, observa a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que sazonalmente divulga soluções tecnológicas e práticas agropecuárias para o controle de surtos da mosca-dos-estábulos.
A principal diferença entre elas reside no fato de que a mosca-do-estábulo é um muscídio picador que se alimenta de sangue, enquanto que a mosca doméstica é um inseto não hematófago.
Já a característica física mais notória da mosca-do-estábulo é o probóscide (picador e sugador bucal dos insetos), que é bastante saliente e projetado para a frente, além da existência de manchas no abdômen e asas mais arredondadas.
Por sua vez, a mosca doméstica possui um lambedor-sugador, abdômen amarelado e asas com a nervura acentuada.
Fonte: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Características e Ciclo Reprodutivo
Enquanto insetos hematófogos, as moscas-do-estábulo (machos e fêmeas) são parasitas que atacam principalmente rebanhos bovinos, equinos, caprinos, suínos, ovinos e aves.
Eventualmente, porém, até mesmo os humanos e animais domésticos são alvos de suas picadas doloridas.
O ciclo biológico das moscas Stomoxys calcitrans envolve quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. E sua longevidade média é de 30 dias.
Geralmente, a fêmea deposita os ovos – de 25 a 50 unidades – em locais com oferta de palha ou feno, preferencialmente com material orgânico fermentado (como o vinhoto, subproduto da cana para a fabricação do açúcar/etanol) e resíduos de urina e fezes animais.
Além dessas condições, as temperaturas elevadas e a abundância de chuvas também são fatores que favorecem a proliferação dessas moscas.
Danos da Mosca do Estábulo na Pecuária
Ataques contínuos da mosca Stomoxys calcitrans em áreas de confinamento de rebanhos – bovinos (corte e leiteiros), equinos, suínos, caprinos e ovinos – provocam inúmeros problemas sanitários e de ordem comportamental nos animais (hospedeiros).
As principais consequências nocivas em relação aos animais são:
- Picada dolorida (geralmente nas patas), que causa incômodo, agitação e estresse nos animais
- Alteração no comportamento do rebanho
- Redução do ganho de peso em até 30%
- Diminuição de até 60% na produção leiteira
- Problemas relacionados à reprodução
- Transmissão de patógenos variados
- Risco de morte
Doenças que a Stomoxys calcitrans Pode Transmitir
As moscas Stomoxys calcitrans podem atuar como hospedeiros intermediários de parasitas, bactérias, fungos e outros patógenos.
Assim, a predominância e/ou infestação dessa mosca em pastagens e estábulos favorece o risco de transmissão de patógenos que provocam males e/ou doenças como:
- Anemia infecciosa em equinos (AIE)
- Doença do carrapato
- Habronemose gástrica (nematoide Habronema microstoma)
- Habronemose cutânea (Habronema microstoma)
- Carbúnculos
- Mal das cadeiras (causado pelo protozoário Trypanosoma evansi)
Como controlar a Mosca do Estábulo?
Visando o controle efetivo da mosca-do-estábulo, a Embrapa recomenda aos produtores de rebanhos um conjunto de boas práticas agropecuárias.
Essas medidas de controle da mosca-do-estábulos são as seguintes:
- Limpeza semanal das instalações (cochos , mangueiros e currais), para remoção dos dejetos animais e/ou restos alimentares
- Manejo dos resíduos orgânicos: empilhar, cobrir com lona (30-40 dias) até cessar a fermentação (temperatura igual à do ambiente) e usar como adubo
- Manter os montes de silagem totalmente cobertos com lona plástica evitando a exposição do material
- Controle de moscas com armadilhas – bandeiras azul e preta com inseticida ou cola entomológica – instalação pela manhã ou ao entardecer
- Instalar no entorno de currais, leiterias e piquetes próximos, com distância de 20 metros entre eles
Fonte: Boas Práticas para Controle da Mosca-dos-Estábulos (Embrapa)
Monitoramento e Controle de Insetos Agrícolas
Uma alternativa moderna e sustentável para o manejo da mosca-do-estábulo é o Blue Glue, cola entomológica azul fabricada pela Coleagro para a captura desses insetos em unidades agrícolas.
De fácil aplicação – em armadilhas como placas e painéis adesivos – a cola entomológica é a solução ideal para a blindagem de unidades criadoras de gado de corte, leiterias e usinas de açúcar/álcool contra a invasão de moscas Stomoxys calcitrans.
O Blue Glue ainda se mostra uma eficaz alternativa para combater a resiliência que a mosca-dos-estábulos desenvolveu em relação a determinados tipos de inseticidas.
Além disso, a utilização da cola entomológica Blue Glue também é recomendada em áreas de culturas de hortifrutigranjeiros e flores, infestadas por insetos tripes (Thysanoptera).
Cabe observar que a aplicação do produto se enquadra nas diretrizes da Resolução SAA – 38, de 3 de julho de 2017, da Secretaria de Abastecimento e Agricultura do Governo do Estado de São Paulo, que criou o Programa de Controle e Prevenção do Surto da mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans).
8 Vantagens da Cola Entomológica Blue Glue
- Garantia do bem-estar e saúde animal
- Substância não inflamável
- Produto atóxico
- Proteção da sanidade ambiental
- Alta resistência a intempéries e ações de irrigação
- Grande capacidade de aderência
- Blindagem sanitária de unidades produtivas (pecuaristas e sucroalcooleiras)
- Redução de prejuízos econômicos relacionados à produção
Consulte também
Consulte-nos!
Telefones: (19) 3491-1830 / (19) 3491-5404
WhatsApp: (19) 99127-8200
Facebook: https://www.facebook.com/coleagrobr/
Instagram: https://www.instagram.com/coleagro_/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UC90jxWXxWlw55QkotdMsmlA
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/coleagro-monitoramento-de-insetos-agr%C3%ADcolas-1771b5201/