O sistema de cultivo do milho no Brasil em duas safras, no verão (primeira safra) e na safrinha (segunda safra), permite que haja uma ponte verde da cultura e permite também que o ciclo de vida da cigarrinha se complete, favorecendo o aumento de sua população.
Embora possa ocorrer na primeira safra, no período da segunda safra ou em plantios tardios as populações de cigarrinha aumentam e resultam em maior incidência dos enfezamentos. Além disso, em função do milho com resistência a herbicida, maior dificuldade tem sido encontrada para controlar a tiguera, como é chamado o milho voluntário que fica nas lavouras durante todo ano.
Assim a manutenção de plantas de milho nas áreas de lavoura é condição favorável para permanência dos patógenos e do vetor.
Daí a importância de quebra do ciclo biológico de Dalbulus maidis e da ponte verde na cultura.
Na ausência do milho, a cigarrinha poderia utilizar a migração por longas distâncias como estratégia de sobrevivência, bem como a dia-pausa (espécie de estado de dormência em insetos) em restos culturais de milho, em plantas alojamentos e em plantas voluntárias.