O greening deixou de ser um problema pontual para se tornar uma questão urgente e de grande preocupação ao setor citrícola brasileiro. Hoje, a doença não é apenas um problema fitossanitário, é uma ameaça econômica e social, alerta o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).

Diante do alarmante avanço da praga nos pomares comerciais, a entidade setorial vem intensificando campanhas e ações de conscientização sobre a doença, com destaque para a #unidoscontraogreening

De fato, a doença é devastadora. E não há cura depois que a planta é infectada pelo inseto psilídeo Diaphorina citri. Ela fica condenada e a única coisa a fazer é eliminá-la e contabilizar o prejuízo.

Esse cenário particularmente vulnerável para o setor da citricultura exige medidas urgentes, articulações regionais e o comprometimento dos produtores na implantação das boas práticas agrícolas e de estratégias de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Uma dessas ações preventivas, e hoje absolutamente necessária, é o emprego de soluções de controle e monitoramento do psilídeo – como as armadilhas adesivas Yellow Trap da Coleagro – que permitem ao citricultor identificar a praga de forma precoce, iniciar medidas corretivas e, dessa forma, se antecipar às destrutivas infestações.  

Prioridade Coleagro: monitorar o Psilídeo

O que é greening na citricultura?

O greening ou huanglongbing (HLB) é uma doença de alto poder destrutivo que ataca pomares de laranja, limão, tangerinas e mexericas das Américas, Ásia e África. 

A doença fitossanitária é provocada pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, sendo que o principal vetor desses microrganismos é o psilídeo Diaphorina citri, inseto sugador de origem asiática. 

Greening no Brasil

No Brasil, o psilídeo Diaphorina citri foi inicialmente identificado na década de 40.

O inseto, porém, era considerado uma praga secundária até 2004, quando descobriu-se que era o principal vetor do greening (HLB), que havia sido identificado nas regiões Centro e Leste do Estado de São Paulo.

Atualmente, o psilídeo já se dispersou perigosamente por pomares comerciais e de áreas particulares do Brasil, com destaque para os estados de São Paulo e Minas Gerais, parque citrícola que possui 166,56 milhões de árvores produtivas, que são responsáveis pela produção de 268,63 milhões de caixas de laranja (Fundecitrus).   

Hoje, o greening é a maior ameaça à citricultura brasileira, pujante cadeia do agro nacional que:

  • engloba 9.845 propriedades
  • movimenta US$ 14 bilhões/ano
  • gera 200 mil empregos diretos e indiretos
  • produz US$ 190 milhões em impostos
  • responde por 56% da produção global de suco

Fonte: Fundecitrus

Qual o agente causador do greening nos citros?

O agente causador do greening é o psilídeo Diaphorina citri, pequeno inseto sugador de seiva que possui tamanho médio de 2 a 3 mm.

Na medida em que pica e suga os vegetais, a praga contaminada com as bactérias Candidatus Liberibacter alastra o greening pelos pomares. Essa proliferação ocorre principalmente durante o período de brotação.

Uma característica típica do psilídeo – inseto de coloração branca acinzentada e manchas escuras nas asas – é a sua inclinação de 45 graus em relação à folha da planta. 

O ciclo de vida do Diaphorina citri varia entre 15 dias no verão e 45 dias no inverno.

O psilídeo, alerta a Fundecitrus, é uma praga que voa longas distâncias e que migra de áreas sem cuidado para pomares comerciais.

Ocorrência do psilídeo causador do greening em SP e MG é a maior da série histórica
Ocorrência do psilídeo causador do greening em SP e MG é a maior da série histórica.
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Quais os sintomas do greening nas folhas e frutos dos citros?

Geralmente, as áreas de produção comercial de citros  infestadas pelo psilídeo Diaphorina citri apresentam um conjunto de sintomas típicos.

Nos pomares contaminados pelo greening, alguns desses sintomas são a existência de brotações e plantas amareladas, a formação de frutos irregulares (pequenos e descoloridos), a presença de pequenas pintas ou manchas nas folhas e ramos, o desenvolvimento de frutos assimétricos, brotos retorcidos, excesso de acidez, baixo teor de sólidos solúveis e amargor nos frutos.

Os pomares infestados com populações de psilídeos Diaphorina citri representam uma grande ameaça ao agronegócio brasileiro, líder global de produção de laranja e suco de laranja. 
Os pomares infestados com populações de psilídeos Diaphorina citri representam uma grande ameaça ao agronegócio brasileiro, líder global de produção de laranja e suco de laranja.
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Como evitar o greening nas plantas?

Para ser eficaz, o combate ao greening demanda um conjunto de ações técnicas e comportamentais.

Em relação à aplicação dos inseticidas, o Fundecitrus lista quatro pilares fundamentais para o controle do psilídeo Diaphorina citri:

  1. Monitoramento do psilídeo com armadilha adesiva
  2. O uso de inseticidas e doses eficazes
  3. A rotação de inseticidas com diferentes modos de ação
  4. Intervalos entre aplicações menores ou iguais a 7 dias nos períodos de brotação
  5. Aplicações de qualidade com cobertura acima de 30% em todas as partes da planta

Além dessas orientações quanto ao manejo de agrotóxicos, também existe a necessidade da supressão das plantas doentes, plantio de mudas sadias, manejos regionalizados (entre produtores) e de ações contínuas de monitoramento e controle populacional do inseto-praga, com a instalação de armadilhas adesivas amarelas e painéis com aplicação de colas entomológicas (para controle massivo do psilídeo).

A instalação em pomares de citros da Yellow Trap, armadilha adesiva cartela amarela da Coleagro, permite, ao produtor, agrônomo ou técnico gestor da plantação, antever situações de infestação do greening e planejar estratégias de enfrentamento à praga.
A instalação em pomares de citros da Yellow Trap, armadilha adesiva cartela amarela da Coleagro, permite, ao produtor, agrônomo ou técnico gestor da plantação, antever situações de infestação do greening e planejar estratégias de enfrentamento à praga.

Resistência aos agrodefensivos

Nos tempos recentes, o controle dos psilídeos tem se tornado mais problemático devido ao desenvolvimento da resistência da praga agrícola a determinados tipos de pesticidas.

O psilídeo já desenvolveu resistência a inseticidas dos grupos piretróides, neonicotinóides e organofosforados.

De acordo com especialistas envolvidos em estudos que investigam a ineficácia desses tipos de pesticidas, os fatores causadores da evolução da resistência são, principalmente, a utilização de doses incorretas dos produtos (normalmente abaixo da recomendação da bula) e a falta rotação de inseticidas com diferentes modos de ação.

Saiba mais em:

Rotação de agrodefensivos

Pesquisadores da Fundecitrus e de outras instituições, que hoje se debruçam em estudos para mapear e conter o greening, sugerem que uma das mais importantes ações preventivas é a rotação dos agrodefensivos com diferentes modos de ação.

Se bem executado, esse procedimento ajuda a frear o desenvolvimento da resistência do psilídeo a determinados grupos de inseticidas.

“O que mais contribuiu para a ineficiência do controle do psilídeo e, consequentemente, para o aumento da incidência de greening, foi o uso intensivo e seguido de inseticidas dos grupos piretróide e neonicotinóide. A não rotação adequada de inseticidas com diferentes modos de ação, que vem sendo adotada por grande parte dos citricultores, levou à rápida seleção de populações do psilídeo resistentes a esses dois grupos de inseticidas e à consequente perda de eficácia desses produtos no campo.

Para reverter esse quadro, é preciso que seja interrompido imediatamente o uso desses inseticidas por todos citricultores das regiões com problema de controle por um período mínimo de 3 meses e que seja adotada a rotação de inseticidas de outros grupos químicos, com 3 a 4 modos de ação diferentes.”

Fonte: Levantamento da Incidência das Doenças dos Citros: Greening, CVC e Cancro Cítrico no Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro – 2023, desenvolvido pela Fundecitrus.

Monitoramento do greening com armadilhas adesivas

A Yellow Trap da Coleagro é uma armadilha adesiva desenvolvida para ações de monitoramento e controle de insetos alados que são atraídos pela cor amarela, incluindo o psilídeo (Diaphorina citri).

É uma tecnologia agrícola sustentável, de baixo custo e eficiente para a vigilância e/ou detecção precoce do psilídeo em pomares comerciais de citros, prevenindo assim infestações, contaminação da plantação, perdas físicas, comprometimento da qualidade dos frutos e quebras de safra. 

Na prática, a Yellow Trap é uma cartela amarela adesiva (30cm x 12cm) que atrai e captura pragas agrícolas. 

O produto – que também é indicado para áreas de cultivos protegidos,  horticultura, hortifrutis, reflorestamento e de cana-de-açúcar – é o único que possui o selo internacional FSC – certificação florestal conferida pelo Forest Stewardship Council (FSC).

A armadilha adesiva Yellow Trap é um produto de fácil utilização, 100% atóxico (não utiliza componentes químicos em sua fórmula), não inflamável, que apresenta grande pegajosidade e alta resistência às condições climáticas.

Yellow Trap Armadilha Adesiva Armadilha de Papel Amarela é indicada para o monitoramento de uma grande gama de insetos agrícolas em HF (horti-fruti) Principalmente para o monitoramento de Psilídeo (Diaphorina citri) na cultura dos citros.

Melhores decisões com o Monitoramento do greening

A Yellow Trap entrega para o citricultor informações preciosas sobre a presença e níveis populacionais do psilídeo e outras pragas agrícolas voadoras.

A cartela adesiva permite a visualização, a identificação da praga e o cálculo dos insetos capturados, oferecendo assim parâmetros seguros que vão auxiliar na tomada de decisão por parte do produtor.

Em posse de dados quantitativos e qualitativos apurados pela Yellow Trap, o citricultor tem mais segurança para definir a melhor estratégia de controle para a defesa de seu pomar – química, biológica, Manejo Integrado de Pragas ou outra forma de ação interventiva/preventiva.

O monitoramento populacional do inseto Diaphorina citri é a estratégia mais eficiente para o controle desta praga agrícola.
O monitoramento populacional do inseto Diaphorina citri é a estratégia mais eficiente para o controle desta praga agrícola.

Coleagro

Monitoramento de Insetos Agrícolas

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