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A ocorrência da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é cada vez mais frequente nas plantações do Brasil, provocando perdas físicas de safra, disseminação de doenças associadas à cultura e prejuízos financeiros.
O manejo adequado desta praga é, portanto, fundamental para assegurar as condições fitossanitárias das lavouras de milho, a qualidade do cereal e a rentabilidade da produção.
Diante dos riscos e da necessidade de controlar a população do inseto, uma ação preventiva agrícola se mostra imprescindível: o monitoramento permanente da cigarrinha-do-milho com o uso de soluções modernas e eficazes que, acima de tudo, ofereçam parâmetros seguros para a adoção de estratégias de combate à praga.
Cigarrinha-do-Milho (Dalbulus maidis)
A cigarrinha-do-milho é, provavelmente, a principal praga dos milharais do Brasil.
Trata-se de um inseto que representa uma séria ameaça à produção nacional de milho e à economia agrícola.
Vale lembrar que o Brasil ocupa o 3° lugar no ranking dos maiores produtores do cereal, ficando atrás somente dos Estados Unidos (líder global) e da China.
De acordo com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a estimativa da safra brasileira 2021/2022 de milho é de 116 milhões de toneladas. E a projeção para a próxima safra nacional do cereal gira em torno de 126 milhões de toneladas.
Porém, cada vez mais essa gigantesca produção está exposta aos ataques da cigarrinha-do-milho, inseto sugador de pequeno porte (comprimento de 3,7 mm a 4,3 mm), geralmente de cor palha na fase adulta, que possui ciclo de vida que varia entre 24 e 45 dias.
A cigarra Dalbulus maidis, cuja fêmea pode depositar até 14 ovos por dia,é o vetor de doenças sistêmicas no milho – os chamados enfezamentos – que podem causar enormes perdas conforme o grau de infestação da praga.
“Adultos e ninfas vivem em colônias no cartucho e folhas jovens do milho e ambos sugam a seiva das plantas onde adquirem os patógenos e posteriormente os transmitem de forma persistente propagativa”, explica a cartilha Manejo da Cigarrinha e Enfezamentos na Cultura do Milho, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Enfezamentos: Doenças do Milho
Os enfezamentos são as doenças propagadas por insetos – como a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) – que afetam os milharais, causando perdas severas. Dependendo do caso, podem até devastar uma lavoura.
A cigarrinha é a responsável pela transmissão dos molicutes (bactérias sem parede celular) espiroplasma e fitoplasma, além do vírus da risca do milho (Maize rayado fino virus).
Em plantações de milho, esses patógenos causam principalmente as seguintes doenças:
- Enfezamento pálido – causada pelo procarionte Spiroplasma kunkelii Whitcomb (Corn Stunt Spyroplasma)
Sintomas: folhas com estrias cloróticas, plantas com altura reduzida, encurtamento de entrenós, brotos nas axilas foliares e cor avermelhada nas folhas, podendo ocorrer enfraquecimento dos colmos e proliferação de espigas
- Enfezamento vermelho – causada pelo procarionte conhecido pelo nome comum fitoplasma (Maize bushy stunt phytoplasma).
Sintomas: amarelecimento e/ou avermelhamento das folhas, geralmente iniciando pelas bordas, perfilhamento e proliferação de espigas por planta
- Risca do milho (raiado fino) – doença causada pelo Maize rayado fino virus
Sintomas: formação de pequenos pontos cloróticos nas folhas que podem coalescer com o avanço da doença, formando linhas ao longo das nervuras (Sabato, 2013) e possibilidade de redução de crescimento e abortamento das gemas florais

Fonte: Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
Como Identificar a Cigarrinha-do-Milho
O monitoramento preventivo do milharal – em todo o seu ciclo produtivo – é a melhor maneira para identificar e estabelecer estratégias de controle da cigarrinha-do-milho.

Mas a característica mais peculiar e facilmente reconhecível da cigarrinha-do-milho – inseto que gosta de se alojar no cartucho das folhas – é a presença de duas manchas escuras entre os olhos.
Há também sintomas visíveis a olho nu relacionados à estrutura do pé de milho como, por exemplo, a altura reduzida da planta, espigas pequenas com grãos esparsos e folhas avermelhadas, entre outros.
Cigarrinha-do-Milho: Controle
De acordo com especialistas em pragas agrícolas, os métodos mais adequados de controle do inseto Dalbulus maidis são aqueles que reúnem diferentes estratégias de manejo.

Principalmente para o monitoramento da Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) na cultura do Milho.
Isso envolve, por exemplo, observações visuais antes da semeadura, a erradicação do chamado milho tiguera (planta voluntária e importante hospedeiro da cigarrinha-do-milho), o monitoramento por meio de armadilhas adesivas e a posterior adoção de métodos de controle biológico e/ou químicos (inseticidas).
Monitoramento da Cigarrinha-do-Milho
Um plano eficaz de monitoramento da cigarrinha-do-milho é a aplicação de cartelas amarelas (Yellow Trap Coleagro) no milharal.

Yellow Trap Armadilha Adesiva Amarela de Papel.
Quadriculada para apoiar no monitoramento e contagem dos insetos capturados.
Ferramenta essencial para a tomada de decisão no manejo de pragas.
O ideal é a utilização da cartela amarela adesiva:
- no período de 1 a 2 meses antes da cultura
- a 10 metros de distância da bordadeira
- a 20 cm ou 30 cm sobre a superfície vegetal ou solo
- 1 cartela a cada 50 metros
Para o monitoramento adequado, é recomendada a troca semanal da Yellow Trap, ou a cada três dias.
Até o estádio V8 do milho (quando apresenta com 8 folhas), as cartelas amarelas adesivas da Coleagro (30×12) devem ser posicionadas sobre as plantas
Após esse estádio fenológico, a Yellow Trap deve ser instalada na parte mediana do dossel.
Yellow Trap Coleagro é a solução ideal para o monitoramento populacional da cigarrinha-do-milho e outros insetos agrícolas.
A Yellow Trap Coleagro possui certificação FSCⓇ – Forest Stewardship CouncilⓇ que assegura o compromisso da Coleagro com a sustentabilidade na busca para atender às necessidades dos clientes, antecipando-se às tendências do mercado. Saiba mais em Sustentabilidade.
Atualização: Descoberta no Brasil Nova Espécie de Cigarrinha do Milho (Leptodelphax maculigera) Capaz de Transmitir Enfezamentos
Até então, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) era considerada o único vetor do enfezamentos no Brasil. Agora estudo mostra uma nova espécie de cigarrinha do milho: Leptodelphax-maculigera, também capaz de transmitir enfezamentos. Saiba mais aqui
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fonte imagens: Embrapa