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A broca-da-cana (Diatraea saccharalis) é uma das principais pragas dos canaviais que provoca danos fitossanitários e perdas econômicas relevantes ao agronegócio.
A frequente incidência desse inseto nas plantações de cana-de-açúcar (planta fina, fibrosa e rica em sacarose, que é matéria-prima para a produção de açúcar e álcool), demanda a necessidade de estratégias seguras e precisas de monitoramento contínuo.
Hoje, armadilhas adesivas são ferramentas imprescindíveis para o sucesso de programas de monitoramento populacional de pragas agrícolas.
A vigilância da Diatraea saccharalis nas áreas produtoras de cana permite a coleta de dados valiosos que, posteriormente, vão auxiliar na tomada de decisão do produtor quanto à melhor estratégia de enfrentamento da praga.
Broca-da-cana: O que é?
A Diatraea saccharalis, popularmente conhecida como broca-da-cana, é uma espécie de mariposa da família Crambidae, pertencente à ordem Lepidoptera.

É um inseto nativo e predominante no Caribe, América Central e regiões mais quentes da América do Sul.
Embora a cana-de-açúcar seja sua principal planta hospedeira, é uma praga cuja infestação também causa prejuízos em culturas como arroz, milho e sorgo, observa a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
As lagartas do inseto causam a abertura de galerias na cana-de-açúcar que, por sua vez, perde rendimento, peso e apresenta falhas na brotação, comprometendo a qualidade do canavial.
Basicamente, o ciclo da broca-da-cana dura em torno de dois meses e envolve quatro etapas:

- Fase larval – após o acasalamento, as fêmeas adultas (mariposas) depositam ovos amarelados nas folhas da cana
- Fase de eclosão das lagartas – surgem de 4 a 9 dias após a deposição dos ovos e são as responsáveis pela perfuração do colmo da cana e a construção de galerias internas
- Fase de pupa – as lagartas já adultas (cerca de 40 dias e tamanhos de 22mm a 25mm) fazem aberturas no colmo e as cobrem com serragem ou fios de seda
- Fase adulta – após período que varia de 9 a 14 dias (pupa), a broca-da-cana se transforma numa mariposa de coloração amarelo-palha, com cerca de 2,5 cm de envergadura

Monitoramento da Praga
Sem medidas de monitoramento e controle, a Diatraea saccharalis pode, dependendo do nível de infestação, facilmente dizimar um canavial.
Por isso, é fundamental a implantação de programas de monitoramento populacional da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) em áreas de produção de cana.
Ações de vigilância de pragas oferecem indicadores importantes para evitar perdas e facilitar a tomada de decisão quanto à adoção de medidas de controle químico, biológico ou captura massiva de insetos.
No campo, o monitoramento de pragas como a broca-da-cana resulta em menos aplicações de produtos, redução de custos e decisões mais sustentáveis.
Infestação e Amostragem
As armadilhas Eco Trap (ColeAgro) são uma solução econômica e precisa de monitoramento da broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

Após a instalação no canavial, cada armadilha permite a identificação do nível de infestação da broca-da-cana em uma área de até 50 hectares (ha).
No interior de cada Eco Trap são colocadas 3 fêmeas virgens emergidas + 3 pupas fêmeas do mesmo lote (atrativo não incluso no produto), que produzem e lançam feromônios que atraem as mariposas adultas (machos).
A primeira avaliação, para saber se o nível de controle já foi alcançado, pode ser realizada após três noites.
O nível de controle ideal das armadilhas Eco Trap é a existência de 6 ou mais mariposas macho em, no mínimo, 30% das armadilhas.

A Eco Trap é uma ferramenta de monitoramento que auxilia o processo de tomada de decisão, pois fornece indicadores para a definição do melhor momento para o início do controle da Diatraea saccharalis – seja por controle químico, biológico ou manejo integrado das duas estratégias.
O produto ajuda a otimizar o controle da broca-da-cana, garantindo as condições fitossanitárias e a produtividade do canavial.

Controle Biológico
Um reconhecido método de controle biológico da broca-da-cana, bastante difundido nas plantações de cana-de-açúcar do Brasil, é a liberação de vespinhas Cotesia flavipes.
Essa vespa é um parasitóide que completa o seu ciclo de vida associado à lagarta da Diatraea saccharalis.
Depois de liberada, a Cotesia flavipes pica a lagarta da broca-da-cana. Dessa forma, deposita uma grande quantidade de ovos no interior da hospedeira. Após a eclosão dos ovos, as larvas da vespinha se alimentam do interior da lagarta que, por consequência, morre exaurida sem completar o ciclo de vida.
Já desenvolvidas, as larvas de Cotesia flavipes deixam o corpo da lagarta e, então, iniciam a fase de pupa. Após alguns dias, as vespinhas nascem (dimensões de 2mm a 3mm) e depois se acasalam.
Controle Químico
Dependendo do diagnóstico e dos parâmetros de infestação detectados por programas de monitoramento, a alternativa mais eficaz é o controle químico por meio do uso de inseticidas.
No caso da broca-da-cana, as intervenções químicas com inseticidas são particularmente eficientes durante a fase larval da Diatraea saccharalis, período no qual os ovos ainda estão depositados nas folhas da cana-de-açúcar.
Amostragem por armadilha
Hoje, o método de monitoramento de broca-da-cana mais utilizado em plantações de cana é a amostragem populacional por meio de armadilhas.
A Eco Trap – Armadilha Delta de Papel é um exemplo de solução moderna de monitoramento de insetos fabricadas pela Coleagro – companhia instalada no município de Mombuca (SP) que é uma divisão da empresa Colly Química.
Como estratégia de atratividade, as duas armadilhas – que são ideais para monitorar insetos em diversas culturas – utilizam feromônios (fêmeas virgens) e colas entomológicas.
A Eco Trap é um produto:
● Pronto para uso (não acompanha feromônios)
● Não inflamável
● Resiliente às variações climáticas
● Atóxico (sem princípios ativos tóxicos em suas formulações)
● Possui certificado FSC®
Saiba mais:
Eco Trap – Armadilha Delta de Papel
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Coleagro
Monitoramento de Insetos Agrícolas
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Fonte da imagens: EMBRAPA e Departamento de Entomologia Universidade da Florida